O apontar de algumas escrituras do
"conhecimento maior, superior", começa generoso.
Assenta seu início onde você, identificado com
corpo/mente, se encontra.
E vai oferecendo passos para a desobstrução dos equívocos, inclusive do equívoco de onde você realmente se encontra...
Ou seja, você não se encontra aonde você acha que se encontra.
Mas como a convicção está distorcendo a verdade, assim, muito delicadamente o apontar chega até o lugar que você imagina que é onde você está para mostrar que é equivocado - como um mestre dos sonhos que te aparece em várias formas para avisar que é um sonho!
O laço que te ata na convicção da identidade com o corpo-mente é muito vigoroso. Com nuances inimagináveis, o apontar penetra como um diamante que corta todas as matérias.
Por isso, não se apresse ao chegar a Satsang. Paciência é atributo. Paciência que aí está por saber que há estes diversos territórios de convicções distorcidas, e que a gentileza de te fazer olhar cada lado do prisma demanda sua dedicação de ir até o fim.
- Veetshish Om
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Comece a se dar conta de que isso que você percebe, como sentimentos e sensações, emoções e pensamentos, existe na luz da consciência, apenas surge na luz da consciência, é a face manifesta do próprio infinito.
Por um instante, não segure nada, não impeça nada de surgir e não impeça nada de ir embora, e perceba essa abertura radical, sempre presente, que é a sua natureza, a sua essencial verdade.
Desça para o coração, desça esse reconhecer para as entranhas, para o pulsar da vida. A partir desse reconhecer, acontece a assimilação e a transformação do centro de identidade, que se desloca de uma individualidade separada para esse Infinito Sempre Presente.
É a investigação, é a meditação, que surge como um convite, e a partir da clareza que emerge deste reconhecimento, enfim encarna-se o Infinito!
Ao se reconhecer Infinito e sempre presente, a espontaneidade das atitudes brotam de outro lugar que não desse foco do eu-de-identidade-separada, a atitude brota do centro do próprio momento,
Perceba todos esses jogos de interpretações, e discursos, e reconheça de novo a vida, viva e pulsante, no mistério do coração batendo, do corpo aqui presente, do céu e do ar e dos sons, a face desse momento que é isso tudo.
Investigue e veja que mesmo a atitude que vem não é a “minha” atitude, é a atitude do Todo atravessando aqui.
Você mesmo é a Verdade!
- Veetshish Om
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Ignorância, medo e Ver
(DA FORMA QUE SURGEM NA NÃO-DUALIDADE)
Medo não é uma coisa.
Medo é ignorar.
Ver é reconhecer,
Saber.
Não há o que lutar contra o medo,
Medo não é uma coisa.
É ignorância.
É Não ver.
Ver é simples.
É não medo
Pois é saber.