Hoje deu de pensar que este papo de Natal e fim de ano pode estar mesmo muito contaminado, igual o que estão fazendo com a terra em plantios de monocultura, cheios de agrotóxico.
Essa cultura , este cultuar, leva a uma sensação e uma vibração meio mágicas nesta época...
Dá pra sentir...
Mas perceba com cuidado: também essa vibração está na lua cheia de maio, numa semana florida e amena de primavera, e ainda naquele dia em que os humores estão harmônicos...
Claro, esta reflexão só surge por pertencer a um tipo de cultura, neste calendário inventado.
E vale, sim, ressoar com os votos, com as celebrações, mas sem se contaminar!
Sem a poluição, a flores são mais exuberantes.
Por isso, o que desabrocha agora é: que a abertura do coração que este momento proporciona, abertura feita de balanços das dores - e da força de viver mesmo com elas - e feita do reconhecimento de que afinal a pandemia abalou o pensamento de sermos "TÃO poderosos, tão arrogantes e centrados no humano", que esta lucidez possa ser acolhida. Transformada em fértil solo para reflorestar a vida.
O Aprendizado - que ainda precisa ser muito, muito assimilado - de um olhar-sem-lugar, total, rede de todos os seres, sem-nome, livre por não ser propriedade, integrado, que Sabe da dança dos aparentes limites e encontros com todos os seres, olhar que pode criar uma nova vida em teia, em muitas dimensões, POR SER O MESMO em diversidade, este olhar não tem data marcada.
Flui ininterrupto como um rio.
Flui imutável.
Koan zen vivo.
Eterno Presente sem tempo.
E este é o maior sentimento neste momento: a eterna continuidade do Ser e o fluir que escoa nos dias cotidianos chamando o amor que se revela na plenitude de se saber além do eu-ego.
Aqui-Agora Natal e Ano Novo sem limites!
Comments